sexta-feira, novembro 26, 2004

ok. ok.

perdi de novo tudo o que tinha escrito sobre o tim festival. É a terceira vez. cacete. por isso resolvi vir para o word. não que vocês vejam o programa no qual estou escrevendo. Mas que diferença isso faz?

A caixa do nirvana, tres cds e um DVD está 50 doletas.

o EP do MArs Volta ao vivo (sugestivamente chamado de “live“) também está 50 doletas. São 4 musicas. São 40 minutos de musica. Mais que o ótimo novo disco do Hives.

Aí, por falar em Mars Volta, devo me referir ao show deles no Tim Festival. Foi assim que fiz da primeira vez.

Então, ao Tim Festival e ao Show do mars volta.
Todos diziam “O Brian Wilson nunca mais vai voltar, mas o mars volta”. Espero que sim, Espero que volte. Sinceramente é (foi) uma experiência e tanto. Foram cinco músicas, eu acho, mas foram 50 minutos ou mais um pouco de show que pareceram 20. Rápidos, rasteiros e geniais. Cinco malucs no palco, um mexicano arrebentando um baixo, um baterista que poderia muito bem estar numa banda de trance, um guitarrista incorporando alguns dos principais nomes da guitarra de todos os tempos e um freak total cantando. é tudo tão intenso que parece que se eles ficarem mais um minuto no plco, vão explodir. Dá um gosto danado de quero mais e mais e mais...
Genial, para dizer o mínimo. Todas as músicas levavam a uma interminável jam na hora dos solos, tornando o show uma mostra de entrosamento e tornando a música numa massa incompreensível de som e barulho. depois de muito tempo, os caras voltavam para o fim da música e aí você via que eles ainda estavam na mesma música...

Já vi bandas com “presença de palco“. Mas o que esses caras fazem é diferente, ultrapassa tudo. Eles incorporam “on stage”. E não param um segundo. Diria que era mais que música, era arte feita ali, na frente dos meus olhos, como ver Da Vinci criar a santa ceia ou algo assim. Mas a Luciana me lembrou que a música é arte. Ah, é mesmo...

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Libertines foi aquela coisa, né? Lúcio Ribeiro pulando junto com a molecada (me sentia um vovô MESMO!), Supla sentado (ui, os famosos) e eu ali, vendo um show muito do mais ou menos, de uma banda muito mais ou menos. Salvação do rock, nova onda do rock, a mais importante banda a surgir nos últimos anos... ah peraí gente. Até quando vamos engolir este imbuste???
Tem umas musiquinhas legais, mas todas as bandas as têm. Se vocês querem ouvir Libertines, fiquem com o Clash (ok, podem me xingar agora).

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Kraftwerk – uma experiência única. Podem ser músicas com mais de 20 anos, 30 anos, sei lá... mas as projeções, o som, os caras brincando de estátua no palco.. putz. veja UM show deles na sua vida. Pode ser o mesmo show faz 20 anos, mas ainda assim é um show que precisa ser visto. É a história, é clássico. Vale a pena ver como tudo começou. E dançar ao som de music non stop é sensacional!!!

A sincronia música, figurino, projeções... deixa qualquer um babando. Pílulas, carros, modelos, robôs no palco, letras no telão, homens e máquina e homens-máquinas. É UM SHOW. Eles podem fazer e usar essa palavra sem fazê-la perder o sentido.

aí depois teve o 2many DJS... e resolvi nunca mais encostar num cd-j. só pra vocês perceberem a seriedade da coisa.
Ah, claro, o outro embuste do Timfa, Cansei de ser sexy. pode até ser engraçado pra quem conhece elas e tal, mas a moçada que estava lá só queria que o show acabasse (e que a baixista tocasse alguma coisa, e não ficasse fazendo bico sem tocar nada!!!)


Sim, o texto está totalmente fora de ordem. Domingo, sexta e agora, sábado.

Tivemos também a sensacional musa (e põe musa nisso) PJ Harvey. Ela simplesmente fez, com seu metro e meio e seu vestido e botas vermelhos, com que muitos homens se apaixonassem por ela. Ali, assim, na hora.
Muito rock, com uma banda afinadíssima, intercalando com umas passagens mais calminhas. Maravilhoso. Mas pra quem curte e muito ela. Senão, passa a ser só mais um bom show.

E o Primal Scream. Se você, como eu, ouviu muito primal scream na sua adolescência, ver o Bobby magrelo e com cara de senhor no palco assusta. Mas o que sai das caixas de som assusta mais ainda. Uma massaroca sonora, guitarras rasgando o ar, sujas, borradas, levando todo mundo de volta aos 90 e à época do shoegaze. Mas aí (eles são o Primal Scream, né) na outra música você está dançando como um louco e querendo matar todos os hippies. Ou gritando a letra de “Kowalski”.
Com representantes de 3 das mais importantes bandas de todos os tempos no palco - Mani(stone roses e o rei da simpatia), Kevin Shields (My Bloddy Valentine, precisa dizer algo mais) e o próprio Gillespie (Jesus e Mary Chain) – não tinha mesmo como ficar decepcionado. Algumas pessoas reclamaram do som, mas lá na frente estava tudo bem. O túnel do tempo me levou de volta quase 10 anos e foi uma viagem muito agradável.

bom, parece que acabou, né?
mas não, depois ainda teve um dia de Loud Festival no Rio, com Walverdes, a lenda independente nacional, e o Nada Surf.

o Walverdes fez um show alto, pesado e burro. Apesar de ter um som assumidamente rock (nada farofa, diga-se de passagem), os caras tavam mais para Motorhead garagem e cerveja. E o mini só é mini fora do palco, lá ele vira um gigante. Ótima opção para Vitória.
E o nada surf, bom, o Nada Surf é uma daquelas bandas que não fazem mal a ninguém e são honestas no que fazem.
Apesar de não ser nada demais, gosto muito deles e o show foi muito bom. O som estava Cristalino com C maiúsculo mesmo, sem machucar o ouvido, como aconteceu nas primeiras apresentações da noite. E as músicas foram saindo, uma após a outra, da banda no palco e do subconsciente. Nem eu sabia que conhecia tanta música deles. Na verdade conhecia todas, graças ao nosso amigo de sempre soulseek. Só pra terminar, fui no dia seguinte andar a toa no BarraShopping e ainda peguei um pocket show deles na FNAC.

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Ah, preciso contar. Meu exemplar de Smile, do Brian Wilson é autografado pelo esquizofrênico mais genial do mundo. o prórpio Brian Wilson. tem uma foto também, mas ainda não me mandaram. logo, logo publico aqui, ok?

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Ufa, no word, espero não ter perdido nada.

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