sexta-feira, fevereiro 17, 2017

hoje, mais especificamente, quero reclamar.
da vida, em geral.

Acordar com sono, despertador tocando. levantar para o frio (e olha que nem frio faz), ainda baqueado. Ir fazer o café, antes tomar o remédio, opa está acabando - preciso marcar médico. Fazer o café, contar as fatias do pão de forma, ver se tenho pão o suficiente até semana que vem, lembrar que devo ao banco. Droga, já me cobraram mais 35 euros de multa.

Tomar o café, lavar a louça, vestir a roupa gelada, colocar casaco, casado, luva, capacete... escovar dente, esqueci. Sem tênis dentro de casa...
Entrar com a bicicleta apertada no elevador. cara a cara com o pneu fétido, a borracha imunda pedindo um beijo de língua, frio na cara, pedalo contra o vento. Nariz escorrendo, vento, frio. Luvas na mão, corrente solta/marcha arrebentada. Roda torta que não tenho dinheiro para consertar. Mulher cansada, os problemas de casa vêm junto na cabeça, as contas atrasadas, as multas, o frio, o vento, a promessa de um dia as coisas vão melhorar, a falta de respostas, preciso ir, preciso ficar, caralho, o carro.
bateram no meu carro parado em uma vaga na rua, caralho. a porta amassada, carralho. carro. caro.
mais uma merda pra chafurdar. trabalho, que saco, dor no ombro, dor no braço. dor na coluna, pernas fracas, sexta-feira, uma lata de milho, outra de atum e o almoço está na mesa.

Dia que não anda, vontade de ir embora, vontade de largar tudo, esquecer, desistir...

bosta.

vida que segue


coloco um música, tento dar uma animada...

redescubro o Sun Kill Moon.

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