segunda-feira, agosto 29, 2016

Nas últimas semanas vi tanta gente morrendo por volta dos 60 que já não consigo fingir que isso não me afeta. Afeta, e muito.

Faz repensar caminhos e escolhas. Locais que ainda não conheço e pessoas que ainda não vi.
Ou mesmo as que vi e que gostaria de ver de novo. Abraçar um última vez.

Manter a vida andando, trabalho casa trabalho fica sem sentido. O dinheiro que não chega ao início do mês (recebo no dia 25) mói qualquer fatia de esperança.

Quem sou eu? Para onde vou?
As perguntas continuam pertinentes, mas tenho cada vez menos tempo para descobrir. Talvez nunca as responda. E morra de repente, sem ter tempo nem de perguntar.

Teve tempo em que a vida tinha valido a pena. Hoje, já não sei se vale mais.
E preciso fazer com que ela seja intensa enquanto dure.

Espero poder aproveitar os próximos 20 anos como se fossem os últimos. E depois que eu morrer, sabe-se lá quando, que alguém venha aqui neste túmulos de pensamentos e descubra este texto, deixando uma risada no comentário e uma frase: se você soubesse o quanto você curtiu...


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