segunda-feira, agosto 31, 2015

UUUUUUUU-HHHHHUUUUUUULLLLLLL

Acho que foi em 1999 que o Blur finalmente foi ao Brasil.

Por sorte, estudava no Rio de Janeiro e pude garantir meu ingresso em um show que prometia muito. Afinal, estamos falando da banda de Song 2, dos discos Parklife e The Great Escape, dos hits Popscene, Girls and Boys e There´s No Other Way, só para citar uns poucos. Claro que cair numa terça-feira não ajudava as caravanas de outros estados/cidades. Quantos shows não perdi, por caírem exatamente no meio de uma semana, quando morava em Vitória/ES ou Cuiabá/MT?


Catando na Internet, olha o que achei. O ingresso. O meu está em alguma caixa, em algum lugar do mundo 

No dia 23 de novembro, lá estava eu, sozinho como de costume, na porta do show. Entrei, fui procurar a camisa com a data do evento para colocar na coleção (NÃO TINHA!!!) e me preparar para o tão aguardado encontro. Bem, não tenho muito o que falar do show. É claro que tiveram momentos muito legais, mas no todo o show foi abaixo das expectativas, de qualquer uma. O disco de trabalho (13) não é nem de longe o meu favorito e Bettlebum, música que abriu o show, é até hoje, na minha opinião, uma das músicas mais chatas e pretensiosas deles. Na saída do show comprei pela primeira e última vez uma camisa pirata com a data e a foto dos 4. Até pouco tempo ainda a tinha. 

Ok, mas que relato meia boca, podem dizer alguns. Por que motivo isto foi para no blog?
Acontece, senhoras e senhores, que voltei a um show do Blur. DEZESSEIS ANOS DEPOIS.
Agora, jogando em casa, com a torcida a favor, em um festival de verão no coração de Londres.



Aí, camaradas, a história foi outra. A plateia estava lá só para vê-los (e foi muito mais numerosa do que os 2 mil que apareceram no Rio). Mr, Albarn estava de ótimo humor, feliz, distribuindo sorvete para o público (e se melecando todo fazendo isso), regendo o Hyde park e cantando no meio disso tudo. O setlist foi basicamente do Parklife e Great Escape (com a danada da Bettlebum no meio). He thought of cars foi, digamos, inesperada e emocionante. Song 2 foi assustadora, com seu momento estouro da boiada entre os quase sempre nonchalant ingleses. E tudo que veio antes, durante e depois foi o mais divino e completo momento de comunhão entre banda e público.



Agora posso dizer que finalmente VI UM SHOW DO BLUR. O aquecimento de 16 anos atrás já pode ser esquecido na memória e trocado pela felicidade do dia 20 de junho de 2015, no Hyde Park.

 

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