sexta-feira, março 21, 2014

Antes aqui

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Temples – Sun Structures



Se a máquina do tempo existisse e você levasse o primeiro disco do Temples para os anos 60, ele não faria feio. Seria considerado um bom exemplo, entre tantos bons lançamentos, desta década. No entanto, se você o deixar onde está, na prateleira dos melhores lançamentos de 2014, também não será nenhum exagero.

Nunca uma banda soou tão antiga e tão moderna ao mesmo tempo. Com vocais que lembram The Zombies, nos seus melhores momentos, e melodias absurdamente bem construídas, caindo para uma psicodelia controlada, o Temples é a máquina do tempo que você precisa para ir ao passado e voltar, sem perder a ligação com o seu, o meu, o nosso tempo.




Real Estate – Atlas



Quase por acaso descobri que o belo Real Estate estava com disco novo na praça. Para contar rapidamente a história, estava em uma loja de roupas em Curitiba, durante o carnaval. Nos alto-falantes, começa uma versão lenta e calma de Barely Legal, do Strokes. Fiquei com aquilo na cabeça e procurei como um louco pela internet até achar a versão, feita, como deve ser óbvio, pelo Real Estate. Nas notícias relacionadas, “Real Estate lança novo álbum”. A corrida agora foi para encontrar o delicioso novo álbum, Atlas, no meu streaming predileto. Dito e feito.

Ao começar a rodar, a delicadeza como as canções são construídas foi o detalhe que saltou primeiro aos ouvidos. E assim, como um dente-de-leão ao léu, leve e fugaz, o silêncio. Estranho, penso eu. Fui olhar e o disco já tinha acabado. Sem sentir o tempo passar, as dez faixas voaram e deixaram aquela sensação, não de tempo perdido, mas de ter encontrado o par perfeito para uma tarde solitária, regada a café.  






Beck – Morning Phase

                         

Beck Hansen é um nome respeitado. Mais pelo que fez, do que pelo que andou fazendo. Ou você consegue se lembrar de alguma música inesquecível dos discos The Information e do Modern Guilt?


Felizmente, o rapaz resolveu dar uma “volta de 360 graus” em sua carreira. Não chegou a sair muito do lugar, mas olhou para trás e fez um álbum tranquilo, que desde seu lançamento é chamado de Sea Change 2. Mas não se engane. Mais do que rever seu próprio passado, Beck voltou a ser relevante e deu um passo à frente. 

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