Foals – Holy Fire
É difícil começar a falar de uma banda da qual se gosta. O Foals vem me
acompanhando (e eu, a eles) desde 2007. Dos primeiros singles aos lados Bs mais
obscuros, aprecio basicamente tudo feito por eles. Há que se entender, no
entanto, que não são um ato de encher estádios. Mas que, ainda assim, chama
atenção com sua manufatura de boas canções cheias de nuances e pequenos
detalhes, que criam um estranhamento típico do rock matemático, o math rock.
Então é chegado o momento e o Fogo Sagrado, terceiro cd/lp/álbum da
banda, é lançado. Holy Fire não é um discão. O trabalho artesanal que era
empregado em cada nota, no primeiro disco principalmente, dá lugar a um certo
enfado. Ainda assim, Inhaler e My Number abrem
com frescor os trabalhos. O vigor que elas apresentam só volta a aparecer em Out
of the Woods e Providence. Pouco, para quem se
acostumou a uma banda nervosa e cheia de energia que apresentava um desafio
diferente a cada canção.
Mas não me entenda mal. É mais do que compreensível apresentar altos e
baixos em uma carreira. Nas nossas mesmo, um dia estamos bem, em outros, nem
tanto. O importante é não se deixar abater e seguir em frente. Adiante há
sempre muito o que se conquistar. É por isso que já estamos aguardando o
próximo (e quem sabe, o melhor) disco do Foals.
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- Pílulas
Local Natives – Hummingbird
Os californianos do Local Natives lançam seu segundo álbum seguindo o
mesmo estilo do primeiro, músicas quebradas e com boas construções melódicas.
Isso faz com que, ao mesmo tempo em que soam fáceis, se tornam mais difíceis de
serem assimilados. Um Coldplay que escreve por linhas tortas. Em certos
momentos, beiram o rock coxinha, mas mantem-se valorosamente ao longo dessa
perigosa fronteira, longe das fórmulas. Entre as melhores do disco estão Black
Ballons e Breakers.
Strange Talk – Cast Away
Há alguma coisa de diferente na água australiana. Faz algum tempo que
bandas bebendo na fonte do nostalgismo aparecem por lá, com um nível de
qualidade bem alta. O Strange Talk é mais uma delas e, apesar de um EP de
estreia animador, seu primeiro disco não cumpriu as expectativas. Claro, está
tudo lá: sintetizadores, a animação infantil, batidas dançantes... mas não dá
liga. E ainda tiveram o disparate de deixar as melhores do EP - We Can Pretend
e Eskimo Boy - de fora.
4 comentários:
Taí, hoje em dia só quero ouvir discões.
O tempo tá cada vez mais curto.
Que Deus te abençoe.
Caramba, só disco/banda ruim
HAHAHAHAHAHAHAHAHA!
Se eu fosse vc, só postava resenha de bandas/discos que não existissem. Iria bombar
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