quinta-feira, janeiro 05, 2012

rascunho de 05/01/12 - publicado sem ler, hoje.

Tô jogando na loteria.
Nunca fui disso, mas a verdade é que o que ganho
e devo ganhar até o fim de meus dias profissionais
não me sustentará na velhice.
Se chegar a tê-la.

Ou então, é uma forma de tentar jogar um sal e pimenta
na vida meio suflê de chuchu que ando levando.
Uma reviravolta que dê uma lufada de ar novo e não viciado.
Um transformador de rotinas, um catalisador de momentos.

Bom, esquece isso.
Loteria não é pra mim, nunca foi.
Sinto-me um otário apostando 5, 10 reais por semana
e não recebendo nada em troca.
Nem o prazer de conferir os números, muito menos a satisfação
do sonhador de véspera que refaz toda a vida na cabeça,
criando, com milhões de reais na conta bancária, uma rota diferente.

Se eu ganhasse na loteria...
Eu não ganharei e a partir deste momento, deixo de jogar também.
Prefiro comprar um cigarro a varejo. E olhem que não fumo.

Mudo de lado.

Stalker, o que é você?
você é. Stalker.
Sabe o que é?
vigiar, sem punir.
estar lá, mesmo quando não está.
Ao lado, ao longe, olhando.
Espiando.
big brodeando a vida alheia, exposta não por câmeras,
mas por teclas e stills da vida privada.
E tentando descobrir, via entrelinhas, o que de verdade se quer dizer.
Quando na verdade não há nada a dizer, muito menos a se interpretar.


Uma das coisas que mais me angustia é a felicidade alheia.
Não que todos sejam proibidos de ser feliz, mas que me permitam a distância de minha melancolia.
É nessas horas que questões se apresentam, julgando a felicidade de todos. Merecida?
Por que não eu, afinal?
Queria uma vida mais fácil, mais Mulheres Ricas (programa da Band - para que eu me lembre ao reler isso, daqui a mais 10 anos).

Fico tentando entender onde peguei o caminho errado, onde virei sem poder virar.
A reta virou um 360, onde giro sem sair do lugar.
tudo isso para, daqui a pouco, entreter você que isso lê.
Afinal, que delícia, estou pior que você, não?


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