quarta-feira, fevereiro 07, 2007

E mais uma da série:
Primeiro aqui


O ano de 2007 começa de forma arrebatadora.

Grandes nomes já confirmaram presença nos palcos brasileiros, como Coldplay, Pet Shop Boys e Placebo. Outros tão badalados quanto, como The Who e os Stooges, ainda estão à espera de confirmação.

Mas com tudo isso rolando, as paradas musicais lá de fora estão se fartando mesmo com os novos artistas. São discos finalmente lançados em sua forma física, depois de já estarem sendo apreciados por meses a fio. Coisa comum numa época em que, com a popularização da internet, as músicas caem na rede muito antes de serem prensadas na bolachinha prateada. São levas e levas de primeiros discos, numa velocidade que nunca se viu. E entre tantas novidades, algumas já são amadas e odiadas em igual intensidade, sem ter um EP lançado.

O Klaxons é um bom exemplo. Citado por jornalistas especializados, por blogs e pelos antenados como The Next Big Thing, a banda lançou suas músicas no site Myspace, aos poucos. Foram se apresentando em pubs ingleses, arrebanhando seguidores e, pasmem, foram considerados os cabeças de uma nova onda musical, apelidada de new rave pelos mesmo jornalistas que elevaram a banda à quinta potência.


E não é que, apenas depois disso tudo, eles lançaram o primeiro álbum?

E, pior, não é que o dito cujo é bem bom?

Em Myths Of The Near Future, o Klaxons consegue evoluir, e muito, as suas canções. O barulho e a estranheza que chegaram a gerar confusão em alguns momentos são deixados de lado e belas melodias surgem, como em Golden Skans e Two Receivers. A produção mais refinada do álbum também deu um toque mais acessível a petardos como Atlantis to Interzone e Gravity´s Rainbow. O disco seria um belo exemplar para estudarmos a velocidade das mudanças, hoje em dia. O Klaxons conseguiu lançar músicas, fazer sucesso, servir como referência, amadurecer e escrever novas músicas, sem sequer ter lançado um disco. Do jeito que as coisas andam, daqui a pouco já não vou ter o que escrever nesse espaço.

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