segunda-feira, setembro 04, 2006

Como fiquei muito tempo se escrever, vou colocar tudo de uma vez só aqui.
Bom, tudo não, mas bastante coisa, vai.

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Banda - The Knife,
Album - Deep Cuts (2003)
música - Heartbeats


Ela faz parte da trilha de um dos mais lindos comerciais que já vi, o Balls, da Sony vendendo sua TV LCD, a Bravia. A letra segue abaixo.

Ah, se você for pegar a música original, vai ver que ela não tem nada a ver com a que toca no filme. É que a do filme é uma versão feita por José Gonzáles, um sueco com nome de mexicano. E que está em seu disco Verneer.

One night to be confused
One night to speed up truth
We had a promise made
Four hands and then away
Both under influence
We had divine scent
To know what to say
Mind is a razorblade

To call for hands of above, to lean on
Wouldn't be good enough for me, no

One night of magic rush
The start: a simpel touch
One night to push and scream
And then relief
Ten days of perfect tunes
The colours red and blue
We had a promise made
We were in love

To call for hands of above, to lean on
Wouldn't be good enough for me, no

To call for hands of above, to lean on
Wouldn't be good enough

And you
You knew the hand of a devil
And you
Kept us awake with wolves teeth
Sharing different heartbeats in one night

To call for hands of above, to lean on
Wouldn't be good enough for me, no

To call for hands of above, to lean on
Wouldn't be good enough

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Na primeira semana de cuiabá, coloquei umas poucas pastas de MP3 no computador. E o Cachorro Grande foi agraciado com dois discos no meu Itunes. O Pista Livre, devo dizer, não tinha me feito tanta graça nas primeiras vezes que o ouvi. Sem atenção, nada funciona. Mas com calma, foram aparecendo pérolas aqui e acolá. Sendo que a última faixa, Velha amiga, tocou fundo e quase me fez jogar tudo pro alto...

ói porque.

VOCÊ TEM QUE OLHAR A ESTRADA
COM UMA CARA CANSADA
COMO UMA VELHA AMIGA
QUE VOCÊ JÁ NÃO AGÜENTA MAIS
ESTOU AQUI DE PASSAGEM
A VIDA É UMA MALA PRONTA PRA VIAGEM
MINHA CABEÇA É MINHA BAGAGEM
E A ESTRADA É UMA VELHA AMIGA
COM QUEM VOCÊ PODE CONTAR VELHA AMIGA?

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Bom, mais estabelecido, com praticamente um mês de Mato Grosso.
Ainda fico espantado. As vezes parece que cai uma ficha assim: estou no Mato Grosso.

Caramba, como vim parar aqui. Mas ando pela cidade, conhecendo os caminhos... E descobrindo aos poucos coisas novas e legais. Acho que essas descobertas dão uma sensação gostosa de estar vivo. De ver coisas novas e de fuga da rotina. Vocês não sabem como, após 25 anos de Vitória/ES, isso é bom. Lá, apesar de ser maravilhoso, parecia já estar no piloto automático. E, cacete, precisamos de tudo nessa vida, menos viver no piloto automático.

Já posso me considerar um cuiabano. Hahahaha

A cidade é hospitaleira demais, a comida daqui é muito boa. É quente? É, bem quente. Mas dá pra acostumar. Até o ar seco já não incomoda tanto. E pensar que ainda existe um Estado inteiro pra ser descoberto, o terceiro maior do país, dá uma vontade doida de correr por aí. E ficar parado, agora, só por escolha, não por falta de oportunidade.

Casinha arrumada, empreguinho estável, cidadinha bonitinha, vão se fuder.
Porque aqui na face da Terra só vida nômade é o que vou ter.

hahahaha

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Coisas boas de se voltar a trabalhar com PC?
Hum... o soulseek funciona. Hahahahaha

Não precisa dizer que a lista de coisas a se baixar está grande. Mas vem diminuindo consistentemente.

E entre as coisas novas, tem duas bandas que me surpreenderam. A “Band of Horses“ e a “Tapes 'n Tapes”. Sabe quando bate de primeira? Essa tapes aí foi assim. De primeirona, ouvi uma música e pirei. Musica feita pra quem gosta de musica. Chega de coisas que parecem coisas e não me dizem nada.

Além disso, ficaram realmente bons os discos do Thom Yorke (Eraser) e o do Rapture, que ainda estou deglutindo...o Pieces Of The People We Love, nome do disco dos caras, não tem uma House of Jealous Lover, mas tem muita coisa boa. Sabe uma banda boa, quando é boa mesmo? Pode fazer qquer coisa que fica acima da média. Pois é. O Rapture ficou acima da média. E eu gosto deles de verdade e aí, posso ter me deixado influenciar. Heheheh

Que mais....

Ah, Living Things, com um álbum bem legal. Acho que de 2004, mas bem legal. Uma levada hard rock com a cara do Dandy Warhols. E o segundo do Razorlight que, se antes parecia uma banda perdida entre muitas referências, parece ter se encontrado. Disco acima da média também, de uma banda mais, mas muito mais madura. E pronta para se firmar como uma das melhores da nova safra.

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Aproveitei que estava aqui em Cuiabá e fui conferir de perto o festival calango. Teve banda de tudo quanto é parte do Brasil. Desde o Acre até o Rio Grande do Sul. Só faltou mesmo o Espírito Santo e o Rio. Mas pro ano que vem, se der, tento fazer a cabeça do pessoal pra trazer umas bandas daí.

Deu pra conferir bastante coisa boa, deu pra comprar bastante cd (aqui praticamente não tem loja de discos) de bandas independentes e deu até pra comprar 7”. Entre os shows, destaque absoluto para a apresentação inspirada dos Sapatos Bicolores, para a força do Macaco Bong (daqui de Cuiabá mesmo), para a pegada simples, rock e pop, dos Astronautas fechando a noite (sou realmente fã desses caras), o som hermaníaco do Los Porongas(AC) e para a nova queridinha dos indies, o Vanguart. Segundo dizem, bom show, mp3 nem tanto.

Infelizmente só pude ir no sábado, pois na sexta e no domingo acabei saindo com meu pai que estava aqui.

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Por falar em visita, aproveitei a vinda do meu pai/Ivanilde com o carro, e fui rodar pela cidade. Minha primeira vez como guia de cuiabá. Descobrimos uns lugares legais para comer, como a Mercearia da Pizza, onde dá para vc montar a sua própria pizza, junto com os pizzaiolos da casa. E que pizza boa comi nesse dia. Fiquei instigado em ir lá fazer uma com muito perperoni, calabresa e cebola. Mas estou fechando a boca legal aqui. As calças novas que comprei, só com cinto. Ou seja, melhor deixar só no desejo. Fui também até a Chapada dos Guimarães. Aqui fiquei sabendo, existe uma cidade chamada Chapada dos Guimarães. Pequenina, estilo Tiradentes (não, nunca fui em Tiradentes). Mas com um clima meio cidade de praia, como Guarapari e Buzios (será?!). A cidade é aconchegante e,se não chega a ser chique, é arrumadinha. Tem umas ruazinhas com muitas lojinhas acertadas e bares onde, parece, as pessoas ficam rodando quando a cidade tem movimento. Nesse domingo, meio fora de temporada, ela estava vazia. Perto da cidade, paisagens que nunca pensei ver. É bonito, sim, mas foi um tapa pra quem achava que tudo na vida acabava em mar. Aqui acaba em montanhas, morros e… chapadas.

E olha que estamos no cerrado.

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Não, não vou ver o Slayer. Já assisti a esse show quando valia a pena. Era 94, plena turnê de Decade of Agression, o duplo ao vivo que mudou meu jeito de ouvir metal. Sei que eles devem fazer um show do caralho ainda, mas dessa vez vou passar. Boa sorte aos companheiros que farão um dos rocks mais inspirados do Brasil. Rio, choppe, amigos e rock! Comprem uma camisa pra mim...

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Pra encerrar, dia 16 tem shows, muitos deles, em SP. Pra começar, Art Brut. Depois, Adult. Ainda dá pra ver o Peter Hook dando uma de DJ. E para encerrar a noite, duas bandas das quais sou fã incondicional: Radio 4 e Franz Ferdinand.

Good things happen for those who wait. A Guinness estava certa. Agora é separar a grana pras camisas das bandas.

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