Não vendi
nenhum LP quando o vinil era dado como morto e todos trocavam suas coleções por
Compact discs. Por conta disso, acabei comprando muito vinil barato, numas
daquelas promoções de baciadas que as lojas faziam para abrir espaço para os
novíssimos cds que ocupavam muito menos espaço e eram mais caros.
Amigos meus
compravam CDs antes mesmo de ter o aparelho que o tocaria porque, não é, em
algum momento a tecnologia estaria acessível e, aí sim, poderiam ouvir seus
disquinhos. O mesmo fizeram com DVDs e Blu-Rays. Eles estavam certos, a
tecnologia barateou. E eu nunca comprei um dvd, blu-ray ou cd antes de ter o tocador
em casa.
Por falar
nisso, meu primeiro DVD player foi ganho num sorteio em uma festa do Dia do
Mídia, oferecido pela Rede Gazeta. Nessa época tinha uma pequena agência que de
tão pequena não suportou a retração do mercado com a possível eleição do Lula
em 2002. Ali aprendi o que era crise. E nunca mais tive um negócio.
Voltando ao
LP, comprei um disco do Smiths e demorei a entender como aquilo funcionava. Não
o LP, mas o Smiths. Era muito diferente do que eu ouvia até então: basicamente
rock, guitarras e barulho. Quando as guitarras de Johnny Marr bateram, foi uma
viagem sem volta. E me dei uma missão: comprar APENAS em vinil, toda a
discografia da banda. Demorou anos e era bem difícil achar o The Queen is Dead
nos sebos da vida. Mas o vinil voltou com tudo e fez com que os proprietários os
trocassem por novos e menos empoeiradas edições. Comprei o meu em um sebo,
algum tempo depois.
Por acaso, comprei um monte de discos do The
Cure em vinil, nesta época dos descartes LP vs. CD.